Renan Fernandes

Lutando nessa guerra interna

Textos

"A PRISIONEIRA" - ÚLTIMO CAPÍTULO.
-------------------------- NOTA DO AUTOR: ---------------------------
    "A Prisioneira foi uma história densa, um suspense psicológico que explorou a maturidade emocional de uma mulher cheia de nuances. Que desde jovem se viu numa situação de perigo. Ao matar três pessoas com o intuito de salvar a vida do atual marido e da sogra, Sônia foi capaz de transgredir a ética e a lei. Até que ponto as pessoas compreenderiam a sua ação nobre, porém criminosa? Esses questionamentos e paradoxos marcaram a vida tanto da personagem central como também de coadjuvantes de peso, tal como Zepelin e Lidia. O primeiro foi um sujeito que se revelou o homem acusado do crime que Sônia cometera no passado. Ele sofreu, foi condenado e retornou para aparentemente descobrir a real criminosa, e, sobretudo, se vingar. Contudo, com o tempo, e o convívio com pessoas próximas de Sônia, Zepelin se mostrou uma pessoa madura, chegando até ao ponto de ajudar a sua algoz a se livrar de dois chantagistas: Fabíola e Marco Aurélio - pessoas que criaram Heleninha, posteriormente adotada pela protagonista. A segunda, por sua vez, prima de Sônia, foi namorada de um dos homens que foram mortos por esta. A princípio, quando Lídia descobriu o que ela fez, deduz-se-ia que a sua revolta e indignação falaria mais alto. Contudo, Lídia entendeu que Cássio, o homem morto, era imoral e procurou um destino trágico. Além disso, Lídia também cometeu um ato incorreto no passado. Armou um flagrante para prender a amante do irmão de Cássio, Marco Aurélio. O motivo: essa mulher, chamada Riviera, era mãe de Heleninha e queria tirar a menina dos braços do pai, Marco Aurélio. Mas ela era criminosa, e, por sinal, mulher de Zepelin. Lídia fez isso para garantir Heleninha nos braços do pai, pedindo, em troca, que este e a mãe dele, Fabíola, parassem de extorqui-la. Com isso, fica patente que "A Prisioneira", nesses 5 capítulos, questionou muitas ambiguidades humanas, procurando, desde o princípio, trabalhar com a redenção. Já no penúltimo capítulo, Sônia se entregou para a polícia com o intuito de inocentar Zepelin e, também, purgar o seu sentimento de culpa. Nesse final, veremos como essa trama vai se desdobrar, bem como o desfecho de Lídia, Zepelin, Carenina, Rossi, Martinha e Heleninha."


---------------- "A PRISIONEIRA" - ÚLTIMO CAPÍTULO-----------------

    2015. Sônia, após o instante em que foi à delegacia acompanhada de Rossi e de Zepelin, entregou-se pelos seus crimes. Inicialmente, o delegado local ficou confuso e desconfiado. Afinal, o caso tinha ocorrido 17 anos antes e o culpado tinha sido achado, preso e condenado. Contudo, ela tinha argumentos fortes e provas concretas da sua ação. Depois, foi presa imediatamente. Ficou alocada por alguns dias numa outra delegacia, até ser transferida para uma penitenciária feminina.
    2019. Já condenada por homicídio doloso, porém com atenuantes,  Sônia acostumou-se com a sua rotina limitada e densa. Dividia o quarto com uma colega tranquila e culta, que a oferecia seus livros para passar o tempo. Acordava às 5 da manhã, naquele ambiente exíguo, porém, com um teto enorme e transparente. Às vezes, ficava a noite inteira acordada, deitada e observando o céu quando ficava sem nuvens. As estrelas reluziam e, principalmente, a lua alumiava as paredes verde-escuras de seu quartinho.
- Quatro anos! - pensava ela.
Estava chegando a hora de Heleninha - já com 12 anos - ter estrutura emocional para visitá-la. Nesse espaço de tempo, Rossi e Martinha foram preparando a menina aos poucos, antes de relatar a real situação de Sônia. A ansiedade desta era aterrorizante, porém esperançosa. Tinha medo que sua filha a preterisse, ou sentisse pena. Mas esses sentimentos negativos eram dissipados com a certeza do reencontro. A visita ocorreria num final de semana de outubro de 2019.
    No dia mencionado, Helena chegou com Rossi até a entrada da penitenciária. Ambos foram revistados, assim como visitantes de outras detentas. Pai e filha saíram da revista, e chegaram, cada qual, a um corredor estreito, repleto de grades ao redor e no teto. Caminharam como se estivessem num labirinto. Rossi, já acostumado, andou resignado até a porta de ferro do pátio da ala de Sônia. Helena, por sua vez, estava confusa e receosa. No começo, ficou observando cada lado gradeado ao seu redor. Depois, uma visitante se aproximou e a indicou a direção da ala certa. Respirando aliviada, Helena acompanhou a mulher, a qual iria para o mesmo local. E, finalmente, num ponto que interligava os corredores enormes da penitenciária, Helena encontrou Rossi, abraçando-o.
    Quando um agente penitenciário abriu a porta de ferro, Rossi e Helena se viram diante de um enorme pátio coberto, repleto de mesas e de cadeiras. As paredes eram de um amarelo entediante e sofrível. Ao lado, havia uma pequena cancha para o instante no qual as detentas tomavam sol. Porém, elas só iam para lá às 5 da tarde, com o sol já se pondo. Isso nos dias-de-semana. Nos fins de semana, dia de visitas, o local era liberado. Assim, Helena controlou a mescla de repulsa com solidariedade, e se manteve firme. Principalmente após ter notado Sônia surgindo do canto da saída do pátio para a cancha. Sorrindo, Helena cutucou Rossi e indicou o paradeiro de Sônia. Ele também reagiu emocionalmente. Tímida, porém evidentemente sensibilizada, Sônia se direcionou calmamente na direção de seus familiares. Eles, contudo, correram para chegarem logo e o abraço coletivo foi um alento para Sônia, uma alegria para Rossi e uma emoção para Helena.
    Minutos depois, eles já estavam sentados numa das mesas do pátio coberto. Sônia, de frente para Helena. E Rossi, ao lado de sua esposa.
- Vocês não precisavam ter me escondido nada. Eu juro que seria forte. - disse Helena, precocemente madura.
- Isso não é lugar para criança, minha querida. - refletiu Sônia.
- Eu só trouxe a nossa filha por insistência, Sônia. - respondeu Rossi. -Até porque, eu acho que o preparo da Heleninha foi suficiente pra fazê-la encarar a verdade dos fatos.
- Eu só quero que vocês saibam que eu estou bem. Com muita paciência e esperando o momento de finalmente sair. Apesar de todas as restrições, foi melhor assim. Muita coisa foi esclarecida. Muita culpa foi exorcizada. E pelo que eu fiquei sabendo... A Carenina e o Zepelin se casaram.
- Há três meses! - disse Helena. - Agora eles se mudaram pra Santa Catarina. Estão morando em Tubarão.
- Fico muito aliviada pelo Zepelin ter se encaminhado com a minha tia. E a Lídia?
- Virou âncora de um jornal regional em Porto Alegre. Inclusive, tá namorando um colega do ramo. Ela ficou de mandar cartas pra você, Sônia. - disse Rossi.
- Ela sempre muito prestativa. Não precisava se incomodar comigo mais.
- Claro que precisava, mãe. Todos te amam muito. Te querem bem. Não vejo razão pra você se botar pra baixo. Um dia você estará conosco. Vai refazer a sua vida.
- Esse dia vai chegar, sim! Aguardo ansiosamente.
    No mesmo instante, surgindo da cantina, apareceu uma mulher loira, cabelos presos e traços europeus. Uma aparente dama chamada Riviera. Ao notar Helena juntamente com Sônia e Rossi, decidiu se aproximar.
- Eu não poderia atrapalhar esse clima de confraternização. Mas essa menina... É ela, não é, Sônia?
- Por favor, Riviera! Nesse momento, não... - disse Sônia, receosa.
- E se não for agora, vai ser quando? Você sabe que eu sou uma pessoa que sabe aproveitar a oportunidade escassa da vida. Eu não posso deixar isso de lado.
- Quem é você? - perguntou Helena, confusa.
- Você já deve ter ouvido falar do Marco Aurélio, da Fabíola e companhia limitada, não ouviu?
- Sim, claro. Me criaram até os 8 anos. Ele era o meu pai. Mas escondeu isso de mim dizendo que eu era órfã.
- Você nunca foi órfã coisa alguma. - corrigiu Riviera. - Você tem uma mãe biológica.
- E quem é?
- Sou eu! Riviera! Eu que te pus no mundo, garotinha. Mas me privei de te ver crescer porque fui presa.
    Abalada, Helena ficou sem reação. Encarou Sônia e Rossi, os quais ficaram preocupados.
- Você vai acabar deixando a menina tonta de informações, Riviera - disse Rossi, o qual já a conhecia ali na penitenciária.
- Você, Rossi, quando vinha visitar a Sônia, sabia que um dia eu iria me manifestar. Eu sempre deixei claro pra sua mulher que não me privaria de conhecer a minha própria filha.
- Eu não sei nem o que dizer. - disse Helena, emocionada. - Afinal, cresci sem mãe nenhuma. A Fabíola até que me tratava bem, mas eu sabia que não tinha tanta afeição por mim. A Sônia é maravilhosa. É uma pessoa que eu sempre vou considerar a minha verdadeira mãe. Você, Riviera, eu não posso dizer que sinto algo. Eu nunca te conheci. Sequer pudemos criar um laço.
- Garota esperta, objetiva e realista. - afirmou Riviera, abalada.  Você  quer saber de uma coisa? Foi melhor assim. Você nunca ter criado um laço comigo. Eu não tenho vocação pra ser dona de casa e exemplo pra ninguém. Quem dirá pra uma menina tão inteligente como você. Eu não vim aqui, me apresentar, com o propósito de reaver a sua guarda. Seria ridículo pra uma presidiária criminosa e reincidente como eu. Eu só precisava te conhecer. Ter uma impressão única a seu respeito. Ver que você tem uma família. E que vai estar cercada de muito amor durante a sua vida inteira.
- Eu só espero que você seja feliz, Riviera. - respondeu Helena.
- Vou sair daqui a alguns dias. Recomeçar a minha vida. Nós nunca mais vamos nos ver, minha querida. É por isso que eu tive a intuição de me revelar nesse instante. Por ter a certeza de que seria um encontro único e inesquecível. Agora, eu só te peço. Um abraço. Um abraço de reencontro, mas principalmente, um último abraço. De despedida.
Mesmo incomodada e confusa, Helena levantou-se da sua cadeira e abraçou Riviera. Emocionados, Sônia e Rossi se entreolharam, decidindo não impedir esse momento de mãe e filha.
    Depois daquele dia, Riviera saiu do presídio, após ficar durante muitos anos. No entanto, não foi embora disposta a tornar-se uma pessoa renovada e honesta. Já tinha planos de se envolver num esquema lucrativo de roubo de joias, em Florianópolis. Quando chegou ao local, nem imaginava que Zepelin, seu ex-marido, passava férias com Carenina. E o pior: hospedados num mesmo hotel. Não demorou muito para Zepelin flagrá-la indo na direção de um sujeito estranho, sisudo e mal-caráter. Zepelin, sem Riviera saber, espiou o esquema criminoso. Mas não decidiu chamar a polícia naquele momento. Esperou a oportunidade de armar uma cilada de flagrante. Quando eles tivessem roubando algum turista local.
    Ironicamente, Riviera e o homem fizeram um assalto justamente em Martinha, a qual tinha vindo, dias depois, passar alguns momentos no litoral catarinense. Com a ajuda de policiais civis, Zepelin armou o flagrante que prendeu apenas o homem cúmplice de Riviera. Esta, reconhecendo Zepelin, conseguiu fugir a tempo. Mas, para surpresa de Martinha, o homem que tentou a assaltar era justamente Otávio, o seu marido dado como morto num incêndio de penitenciária em 1998. Ele havia feito uma cirurgia plástica para mudar de rosto, contudo Martinha não teve nenhuma dúvida. Era o próprio.
    Todos os envolvidos, menos Riviera, claro, foram prestar esclarecimentos na delegacia mais próxima. Martinha, ainda atônita, se perguntava:
- Então aquele incêndio foi premeditado, Otávio? Por que você fez isso?
- Porque eu precisava recomeçar. Tinha perdido tudo. Graças à traição do nosso próprio filho.
- O Rossi sempre se culpou por ter ajudado na sua prisão! E eu procurava relevar o sentimento que o meu filho nutria. No fundo, eu estava certa. Porque você mereceu ser preso, Otávio. Você é um cachorro!
    Revoltada, Martinha cuspiu no rosto do seu marido, o qual não reagiu. Depois que ele foi levado por policiais, Zepelin e Carenina a consolaram. Martinha, no entanto, controlou a emoção e superou rapidamente esse contratempo.
    Entrementes, Riviera encontrou um ônibus na direção de Porto Alegre. De lá, se infiltrou num hotelzinho paupérrimo com o dinheiro das joias que conseguiu interceptar. Apesar da situação de perigo, Riviera iria continuar nessa vida, e, sobretudo, nesse negócio. Visava encontrar um outro sócio. Alguém menos toupeira, segundo ela.
    Não foi difícil se envolver com pessoas mundanas e oportunistas. Tanto que, dias depois, estava novamente planejando furtar joias e objetos de valor da população. Contudo, quando ela foi furtar Lídia, a qual já morava por lá, ficou estarrecida. Era justamente a mulher que a entregou para a polícia, no passado, e a fez sofrer numa penitenciária durante anos. Riviera não queria apenas roubar, queria vingança.
    Com uma faca mirada na barriga de Lídia, Riviera afirmou.
- O destino, de certa forma, foi justo comigo. Você não acha? Porque agora eu vou poder finalmente te dar uma lição definitiva.
- Riviera, você não pode mais cultivar esse tipo de pensamento. Você precisa encarar o seu sofrimento como um processo de maturidade.
- Hoje, por sua causa, eu não tenho ninguém. Nem a minha própria filha! Ninguém, nenhuma condição financeira favorável. Hoje eu sou uma delinquente mequetrefe! E você, daqui a pouco, só vai ser mais uma nas estatísticas. Mais uma personagem trágica. Um mártir da violência urbana!
    Contudo, no instante em que Riviera iria fincar a faca no abdome de Lídia, um tiro surgiu da direção das costas da mesma. Riviera foi acertada em cheio. Caiu desfalecida no chão. A pessoa que atirou era um policial à paisana que havia recebido a informação, de Santa Catarina, das condições físicas e da fisionomia da fugitiva. Lídia não sabia se respirava aliviada, ou se compadecia. Ajoelhou-se diante de Riviera, a qual sangrava pelas costas, e fechou gradativamente os olhos dela com os seus dedos trêmulos e agitados.
    Meses depois, traumatizada, Lídia voltou com o seu namorado, Rubens, para Curitiba. Aproveitou para esclarecer a Helena a morte de Riviera, bem como queria muito ver Sônia na cadeia. Rossi concordou.
    A visita foi emocionante. Lídia e Sônia fizeram promessas de uma amizade fiel durante a vida, bem como a garantia de que Sônia não estaria desamparada quando saísse. Lídia lhe arrumaria um emprego.
    Assim, conforme o tempo foi passando, os personagens dessa trama foram levando a sua vida tranquilamente...
- Rossi consolidou a sua casa de shows, a qual bombava nas noites de fim-de-semana. Contudo, muitas vezes, sozinho e reflexivo no local, Rossi sentia falta de sua mulher ao seu lado, compartilhando as suas conquistas.
- Martinha convenceu seu filho a visitar o pai, detido em Florianópolis. Apesar do constrangimento, pai e filho deixaram as divergências de lado e se abraçaram afetivamente.
- Helena cresceu, tornou-se uma jovem de 19 anos, bonita, inteligente e madura. Entrou na faculdade de psicologia e, de lá, conheceu Alana, uma mulher que a encantou. Os seus pais aceitaram a condição sexual de Helena. Nunca a questionaram. Só desejaram a sua felicidade.
    Assim, após cumprir pena durante muitos anos, finalmente chegou a hora tão aguardada por Sônia.
    Ela acordou como de costume. Às 5 da manhã. Escovou os dentes, arrumou o seu cabelo num espelhinho quebrado e guardou as suas peças numa mochila.
    Minutos depois, despediu-se de sua colega de cárcere, a qual a presenteou com um romance russo de Fiódor Dostoiévski - Crime e Castigo.
   Quando surgiu no corredor dos cárceres, foi conduzida por uma agente penitenciária até uma porta de ferro que dava para um outro corredor.
    Nesse outro corredor, mais escuro e exíguo, Sônia sentiu uma leve tontura e indisposição. No entanto, foi acudida a tempo pela agente penitenciária que a conduzia. Sônia estava nervosa.
    Finalmente, ela chegou até uma salinha de onde recebeu o alvará de soltura. Sorrindo, Sônia nem acreditava. Vivia a liberdade! Agora a sua culpa finalmente tinha sido dissipada!
    Contudo, naquele dia ensolarado, e naquele espaço enorme onde se localizava a penitenciária, Sônia não avistou ninguém familiar. Até sentiu uma leve vertigem devido ao enorme espaço verde ao redor. A sua perspectiva, durante anos, só se resumia a um quartinho e a um pátio estreito.
    Foi assim que, de repente, um táxi veio na sua direção. O motorista apenas lhe disse.
- Eu vim buscar a senhora. Tem uma pessoa te esperando num lugar muito importante pra ele.
    Embora desconfiada, Sônia abriu a porta de trás do carro, o qual acelerou após ela entrar.
    Parque Barigui. Curitiba. Cenário marcante para Sônia. Afinal, foi ali o último local que ela saiu com Rossi e Helena, num passeio de despedida familiar. O sol já estava se pondo. O que enaltecia o ambiente. Sônia desceu do táxi, caminhou pelo extenso local e, perto da lagoa, avistou Rossi, inicialmente fazendo sinal de reza com as mãos. Quando ele finalmente a notou, não conseguiu controlar a felicidade que irradiava do seu íntimo. Abriu os braços e foi na direção da mulher da sua vida. Com quem passou por muitas provações. A qual se sacrificou para salvar a vida dele. O abraço se deu de maneira profunda. O reencontro de fato foi impactante. Sentimentos mesclados: liberdade, euforia, paixão e, sobretudo, amor. Após se beijarem por alguns segundos, e observarem o sol se pondo no horizonte, eles comentaram entre si:
- Parece que se passaram  40 anos, não é mesmo? - disse ele.
- O tempo já não importa mais. - refletiu Sônia. - O que a gente tá vivendo hoje, nesse instante, não é nem um recomeço. Nem o final de um ciclo. O que a gente tá vivendo é algo somente nosso. Que nem o tempo, o espaço, as circunstâncias e os problemas podem nos atrapalhar.
    Assim, abraçados de lado, e começando a caminhar pelo parque, Sônia e Rossi sentiram-se, pela primeira vez, completos. Longe de qualquer angústia, qualquer empecilho, culpa ou complexidade humanas. Felizes não são aqueles que só sabem sorrir. Felizes são aqueles que sofrem, e que superam as suas próprias fraquezas...
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(Renan Fernandes)
Enviado por (Renan Fernandes) em 06/07/2015
Alterado em 06/07/2015
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