"O SENTIDO DA VIDA"
Às vezes, ou com uma frequência absurda, fico me perguntando qual é o sentido da vida. Qual é o sentido de focar tão somente em buscar honra, reconhecimento e afetividade alheia? Qual é o sentido em querer sempre ir em busca de provar que está tudo certo, quando, na verdade, a felicidade é só aparente e frívola?
Enfim, por qual motivo se prejudicar tanto, correndo contra o tempo, se afobando, metendo os pés pelas mãos, e achar que isso tudo é uma demonstração de força, luta e coragem?
Nem sempre lutar é sinônimo de processo rumo a uma conquista, porque, muitas vezes, lutamos contra nós mesmos, contra a nossa própria essência, contra os nossos princípios íntimos e espirituais.
Mas, a matéria é complicada. A vida é complicada. A necessidade de autoafirmação nos angustia, nos aprisiona. Liberdade é, de fato, uma palavra que cada um interpreta à sua maneira.
O problema maior talvez seja ter uma consciência mais profunda e menos fútil da realidade. De repente, deve ser bom mesmo se enganar, se iludir, e achar que o mundo está em perfeita sintonia com os nossos anseios.
A questão é que, no fim das contas, não somos os donos do mundo, tampouco o mundo gira em torno da gente.
O ego, a busca pelo sucesso, podem ter o seu aspecto positivo. Contudo, quando essa busca se torna uma obsessão desenfreada, é o momento em que, fatalmente, se vislumbram os nossos comportamentos mais egoísticos.
A vida é mais do que isso. É mais do que buscar honra, bajulação e satisfação do ego.
A vida é um presente. Tem as suas dificuldades, mazelas, mas, no fim, é o que temos de mais valioso, sendo uma riqueza generosa.